segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Capítulo 38 - Discutindo Feio

Foi aquela discussão maravilhosa. Bati boca com meu sogrinho lindo dentro do quarto.Nisso, o Francisco começa a chorar e a Valentina começa a gritar de dor,por causa do corte do parto.Os enfermeiros entraram no quarto e levaram a Valentina pra emergência. Separaram o seu Francisco e eu pra não dar confusão de novo.

Enfim,graças a Deus,não foi nada demais com a Valentina. Uns dias depois,ela já estava na nossa casa-apartamento,com nosso filho. Falando em apartamento,no tempo em que eu tinha sofrido o acidente,o Leo tinha mobiliado ele pra mim. Tava lindão. O Felipe veio morar com a gente também.E cada vez mais,conviviamos juntos. Um dia ele me surpreendeu,quando estávamos na sala assistindo TV. Eu,Valentina e ele.

- Muda de canal ai,pai. Quero assistir meu desenho. - Ele disse.

Valentina e eu nos olhamos.

- O que você disse,Fe? - Perguntei,com um sorriso de orelha a orelha.

- Eu te chamei de pai. Ué num pode? - Ele perguntou.

- Sim,claro que pode,Fe. - Valentina respondeu por mim.

Abracei aquele garoto o mais forte que pude.

- Repete o que você disse. - Pedi,já com lágrimas nos olhos.

- Pai. Você é o meu pai. - Ele respondeu,me abraçando.

Aquele tinha sido uma das melhores noites da minha vida.Com essa minha comemoração toda,o Francisco acabou acordando,mas depois voltou a dormir.E nós fomos dormir também.

Uns dias depois,decidi renovar meu pedido de casamento pra Valentina. Já que da ultima vez, o Francisco,dando uma de Leo,resolveu vir ao mundo e "atrapalhar" esse pedido.Mas enfim,nem me importei com isso. Eu acho que era o pai mais coruja do mundo,sabe? Não desgrudava do Francisco.Eu o apertava muito e a Valentina se incomodava com isso. Enfim,iria decidir tudo ainda quanto ao pedido.

Um dia,estávamos na fazenda do Leo e começamos a discutir. Tudo porque eu estava segurando o Francisco de mal jeito.

- Não grite comigo. Tanto eu como você somos novos nesse negócio de ser pai. Até uns dias atrás,você não sabia trocar fraudas. - Gritei.

- Olha o jeito que você segura a criança,Victor. Parece que tá segurando um cachorro. Vê se aprende. - Ela gritou também.

- Então,toma - coloquei o Francisco nos braços dela. - Segure você do seu jeito,cuide você do seu jeito. CANSEI.

Sai de carro,fui ao meu apartamento,peguei umas roupas,joguei dentro de minha mochila e sai sem um rumo certo. Acabei parando numa pousada no meio do nada. Mas mesmo assim,me encontraram lá. Quase não acreditei quando abri a porta do quarto e dei de cara com uma pessoa que eu jamais pensaria que fosse atrás de mim.

sábado, 24 de novembro de 2012

Capítulo 37 - Francisco

- Pode falar Victor. - Ela disse.

"Porra,como eu vou falar isso pra ela?". Pensei.

- Valentina,como não gosto de dar muitas delongas,vou direto ao que interessa. - Respirei fundo. - Casa comigo? - Fiz aquela cara de cachorro sem dono.

- Ai Victor. - Ela gritou.

- O que foi? - Me assustei.

- Vai nascer...Nosso filho... A bolsa estourou.... ME LEVA PRO HOSPITAL. - Ela gritou novamente.

A Peguei no colo,a coloquei no carro e a levei pro hospital.Eu estava num desespero total,mas não demonstrei isso pra Valentina,pra ela não se exaltar.

Chegando lá,já colocaram ela numa maca e a levaram pra uma sala de cirurgia. Mas me barraram logo na porta.

- O senhor não pode entrar. - Uma segurança folgado me disse.

- COMO ASSIM NÃO POSSO ENTRAR? SAI DA FRENTE,EU SOU O PAI DESSA CRIANÇA. - Gritei.

- São regras do hospital,senhor.

Sentei na primeira cadeira que eu vi na minha frente.Liguei pra todo mundo : Leo,os pais da Valentina,meus pais e etc. Uns 10 minutos depois,estavam todos no hospital,a espera do nascimento.Eu suava muito e o pessoal via isso e ria de mim. Não tinha graça,eu tava nervoso de verdade.

Três horas se passaram e nada daquela criança nascer. De repente,escuto um choro de criança vindo daquela sala de cirurgia.Uma enfermeira sai de lá e grita que a criança nasceu.

- SAI DA FRENTE,EU SOU O PAI. - Corri pra entrar na sala.

Chegando lá,vejo a Valentina segurando a criança no colo.

- É um menino,Victor. - Ela cochichou pra mim.

- UM MENINO? - Gritei. - Mas bicho,é a minha cara esse moleque.

- Pelo menos,nasceu com saúde. - Gritou o Leo,lá na porta do quarto.

- Qual vai ser o nome dele? - O obstetra nos perguntou.

Valentina e eu nos olhamos,parece que foi telepatia,sei lá.

- Francisco - Gritamos juntos.

Peguei ele no colo por um momento,beijei sua testa e entreguei ele pra Valentina.Depois,levaram os dois pra um quarto separado e eles foram descansar.

Umas horas depois,estávamos todos no quarto com a Valentina e o Francisco,quando o pai da Valentina entra no quarto,com aquela mesma cara de turrão de sempre. Não sei como aquele homem deixou eu namorar com a filha dele.

- Não quero meu nome no filho desse cara ai.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Capítulo 36 - Papai?

Além dos inúmeros jornalistas de todas as emissoras de TV,revistas e jornais que estavam na porta do hospital,no meio desse povo todo,tinha a Milena. Ela veio pra perto de mim. Me assustei.

- Victor,preciso te falar uma coisa. E te que ser agora. - Ela disse chorando.

- Fala Milena,mas rápido. - Leo respondeu por mim.

- Em primeiro lugar,quero dizer que não vou mais tentar tirar o Felipe de você. E também,quero dizer que esse sequestro do Felipe foi de propósito.

- De propósito? - Perguntei,indignado.

- Sei lá aonde eu estava com a cabeça. Pedi a ajuda do Carlos e do Jorge.Quando o Felipe estava comigo e com o Carlos,pedi ao Jorge que te ligasse e dissesse o local e quando você chegasse lá,o Carlos causaria o seu acidente... - ela começou a chorar mais - ... pra te matar.

- Eu não acredito nisso. Como você é fria,como você é macabra,você tem que pagar por tudo isso. - Leo respondeu.

- Eu sei e vou pagar. Estou muito arrependida pelo que fiz. - Ela respondeu.

Nisso,a policia chegou e algemou a Milena.O Felipe,que estava perto da gente,viu aquela cena toda e não se abalou.Ao contrário,ele veio e me abraçou.

Me levaram pra fazenda do Leo. Mas antes,tinha visto a Valentina e  a Tatianna entrando no hospital novamente. A Valentina estava pálida,mas não sabia porque.Enfim,quando cheguei na fazenda fui dormir.Quando acordei,fui até a sala e vi a Valentina.Decidi perguntar a ela como ela estava.

- Estou bem,Victor. Porque? - Ela perguntou.

- É que eu te vi indo pro hospital com a Tati. Pensei que você tinha ficado enjoada.

Ela ficou branca.

- Não,é que eu passei mal,só isso.

- Você está me escondendo alguma coisa. - Afirmei.

- Ai,Victor. Não sei se devo te falar isso.

- Pode falar. - Olhei fundo nos olhos dela e sorri.

- Victor... - Ela pegou minha mão e colocou em sua barriga. - ...você vai ser papai.

- Eu? Papai? - Comecei a rir.

- Sim. Tem um filho seu dentro de mim.

A abracei e a beijei muito.Eu estava muito feliz e realizado. Se Deus quiser,essa criança iria nascer.

Ok,uns dois meses depois,voltei aos palcos.Mesmo com um pouco de dificuldade para andar e com o cabelo raspado,deu tudo certo.Nas folgas,eu ia ver a Valentina e cada vez mais a barriga dela crescia.Eu nem ficava bobo quando via isso.

Enfim,mais alguns meses se passaram. Em um dia que fui ver a Valentina,decidi sair com ela a noite,levá-la pra passear e tal.Depois de jantarmos em um restaurante,fomos dar umas voltas e paramos numa praia.Sentamos na areia. E ali tomei uma decisão.

- Valentina... - Segurei em suas mãos. - Eu quero te pedir uma coisa.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Capítulo 35 - Um erro quase trágico

Reconheci a voz.

- Jorge? Como você soube onde o Felipe está?

- Isso não vem ao caso agora. Anote ai o endereço do lugar.

Anotei.Depois,liguei pra policia e passei o endereço e fui de carro até o tal lugar.Era uma casa afastado da cidade.Cheguei a ficar com medo. Quando cheguei lá,a policia chegou junto. Umas 7 viaturas estavam cercando o locar,com aquelas drogas de sirene fazendo um barulho infernal.De repente,percebi o Carlos arrombando a porta do meu carro e enfiando o Felipe no banco do passageiro e me mandando dirigir.

Tive que meter o pé no acelerador e infringir todas as leis de transito. Mas nem me importei. Sei lá pra onde eu estava indo.

Já estava quase anoitecendo. Fazia muito tempo que eu estava dirigindo em alta velocidade,não sei como a gasolina não acabou.De repente,perdi o controle. Eu estava cansado e meu corpo estava doendo. Vi o carro fazer uma curva perigosa e capotar numa ribanceira.O carro parou de capotar. Eu tinha batido a cabeça muito forte em algum lugar e estava sangrando. Gritei de dor e fechei os olhos.Dali em diante,não vi mais nada.

Quando pude abrir meus olhos novamente,me vi num quarto de hospital,com um monte de coisas no meu corpo.Eu estava com a vista embasada,mas pude ver uma coisa grande sentada no sofá do quarto,rezando.

- Leo? - Chamei-o. Senti minha voz fraca.

- Victor do céu,você acordou? Como você tá,cara?

- To fraco ainda. A quanto tempo eu to aqui?

- Cinco dias. - Ele disse - Você ficou em coma durante esse tempo.Vou chamar o médico.

Nisso o médico entra no quarto e o Leo sai.

- O Felipe? O Carlos? Como eles estão? - Perguntei,enquanto o médico me examinava.

- O Felipe só teve uns ferimentos leves e uma torção no pé. E o Carlos,infelizmente,não resistiu e acabou falecendo.

- E quanto a mim? - Perguntei.

- Você está bem,Victor. Todos os riscos de vida que você tinha passaram. Você vai ficar bem. Ah,você vai ter que raspar o cabelo,pra podermos dar um ponto no corte que você teve na cabeça.

Eu iria perder meu cabelo? meu cabelo que me deixava lindo? Fazer o que né? O médico sai do quarto e eu pude ver a Valentina entrando.

- Meu amor, que bom te ver acordado. Como eu fiquei preocupada com você.

- Eu sei,linda. Deixei todo mundo preocupado. Foi um erro meu,eu sei. Mas eu tinha que salvar o Felipe.

- Fica calmo. Todos entenderam seus motivos. Ela beijou minha testa.

Depois,foram no quarto pra rasparem meu cabelo e fazerem os pontos no corte. O médico disse que dentro de dois dias eu teria alta.

Dois dias passados,meus pais foram ao hospital pra me arrumar pra minha alta. Eu sai do quarto com uma muleta. Me surpreendi totalmente quando sai do lado de fora do hospital.

Capítulo 34 - Sequestro

Naquela semana,retornamos ao RJ pra gravar o programa do Faustão.Não contei ao Leo e nem a Valentina sobre minha decisão.Eu estava com medo,mas era o que eu tinha que fazer.

Tá,a gravação começou como de costume : Cantamos nossos sucessos,divulgamos nosso CD e começamos a conversar com o Faustão.Ai começou uma série de perguntas da plateia,sobre nosso trabalho,nossos shows,fãs e etc. Uma pergunta me intrigou muito.

- Então Victor,minha pergunta é pra você - disse uma mulher. - Você está mesmo namorando com a Xuxa?

- Ninguém nunca fez essa pergunta pra ele. - Disse o Leo.

- Então querida. Eu não estou namorando com a Xuxa e nunca tive nada com ela. Eu estou comprometido,mas não é com ela.

- Você está namorando mesmo,Victor? - O Faustão meu perguntou.

- Sim,estou. - Confirmei. - Faz um tempo que eu a conheço,foi difícil pra conquistá-la e pra eu entender que estava realmente gostando dela. Felizmente,tudo deu certo e estamos juntos a dois meses.

- Fala quem é ela Victor. - Disse o Leo,colocando lenha na fogueira.

- Ela se chama Valentina.Uma garota de 20 anos que me conquistou por inteiro. Eu a amo muito.

O público bateu palmas e o Faustão deu continuidade ao programa.Não sabia o que esperar depois dessa revelação minha.Mas nem liguei muito.

Voltei pra Uberlândia naquela noite.Chegando lá,a Tatianna me fala que o Felipe tinha sumido faziam algumas horas.Primeira coisa que me veio a mente : A Milena tinha sequestrado o garoto.Liguei pra ela,mas a safada não atendeu. Comecei a ficar preocupado.No que eu ia ligar pra polícia,o telefone toca.

- Alô? - Atendi.

- Victor,eu to com o Felipe. Não meta a polícia no meio ou vai ser pior pra sua namoradinha. - Era uma voz masculina,mas eu conhecia muito bem. - Estou a mando da Milena.

- Carlos,não faça nada com ele,eu te peço isso. Não o machuque por favor. - Só consegui dizer isso.

- Isso vai depender de você,Victor. Não coloque a policia no meio,ou vai ser pior pro garoto e pra aquela sua namoradinha. - Desligou.

Os dias passaram e eu não recebi nenhuma noticia do paradeiro do Felipe. Sem que eles soubessem,coloquei a policia pra procura-lo.Eu estava com medo,mas era a única alternativa.
Um dia,quando estava na fazenda,a espera de noticias,o telefone toca.

- Alô?

- Victor,eu sei onde o Felipe está.

domingo, 18 de novembro de 2012

Capítulo 33 - Uma prova de amor

Peguei um táxi e fui em direção ao lugar onde a Valentina estava. No caminho,planejei umas coisas,escrevi umas coisas em uns papeis e etc.Pedi por taxista parar e ele estranhou um pouco. Era no meio de uma rodovia,rumo a uma serra.Sim,a Valentina gostava de subir em serras e ficar olhando a paisagem natural quando ficava triste.Tá,parece um pouco estranho,mas ela gostava de fazer isso. Logo que desci do carro,já pude vê-la lá em cima,sentada.

A serra que ela estava era pequena,então foi fácil chegar até ela. A peguei comendo uma maçã.

- Posso pegar essa maçã? - Disse,enquanto me sentava ao lado dela e roubava a maçã.

- Como você me achou aqui? - Ela respondeu,limpando os olhos.Acho que ela estava chorando.

- Nunca vai saber. Precisamos conversar.

Ela baixou a cabeça.

- Mas primeiro,olha isso. - Peguei os papéis da minha mochila e entreguei a ela.

Ela começou a ler cada um. Enquanto ela lia,peguei um cartaz que tinha feito durante o caminho,me levantei e estendi pra que ela pudesse vê-lo. O cartaz dizia :

"Eu quero só você,apenas você. Você é que dá luz pros meus dias,seu sorriso é o que me dá forças,sua voz é como brisa leve tocando meu rosto.Seus beijos são como o puro sabor do meu em minha boca. Não quero mais viver sem você,porque eu não quero viver sem você."

Ela começou a chorar e me abraçou.Ficamos sentados ali,abraçados e olhando o anoitecer.

- Tá vendo aquela lua ali? - Disse,apontando - Ela vai iluminar nossa noite hoje.

Fiz daquela noite um sonho. Não sei o que estava sentindo,mas era algo bom. E o melhor de tudo,eu estava seguro do que estava fazendo.E também,não teria o Leo pra estragar o clima.

Na madrugada,não dormimos mesmo. Ficamos abraçados olhando aquele céu estrelado.

- Desculpa Victor,mesmo.

- Não precisa se preocupar.Tá tudo bem.

Nisso,ela pegou no sono.Acabei dormindo também.

Quando o dia amanheceu,liguei pro Leo pra ele vir buscar eu e a Valentina. Ele deu risada de nossa cara,por não termos dormido muito bem.

No caminho,Leo me contou que iriamos participar do programa do faustão e que novos boatos tinham surgido sobre um suposto romance entre mim e a Xuxa. A Valentina não ligou muito.Naquele momento,decidi assumir meu namoro com a Valentina pra mídia. Algo dentro de mim disse que eu deveria fazer isso.

Capítulo 32 - Discutindo

De repente,as duas mudaram a cara e se cumprimentaram,mas naquela falsidade. Depois,Xuxa e eu começamos a conversar.

- Eai Victor,quem é a felizarda? - Ela perguntou cochichando.

- Vem cá. - Chamei a Valentina. - Então Xu,é ela.

Valentina olhou feio pra Xuxa e balançou a cabeça e me beijou.

- Então,eu sou a namorada do Victor. - Ela disse em tom de provocação. - A gente se ama muito.

- Sejam felizes. - Xuxa sorriu e saiu do camarim.

- Victor,eu vou bater na cara feia dela e arrancar o resto de cabelo que ela tem. - Ela disse,se soltando de mim.

- Pra quê? Eu estou com você. Não precisa ficar com ciumes.

- O jeito que ela olha pra você me dá raiva,Victor. - Ela virou as costas e saiu do camarim.

Depois,continuei a gravação do programa com o Leo. Quando acabou,a Valentina estava me esperando. Ela estava chateada comigo. No caminho pra Uberlândia,fiquei mimando ela e até que ela mudou a cara.

Os dias passaram. O clima entre eu e a Valentina não estava bom. Pra completar tudo,a Xuxa ficou me ligando um monte de vezes durante uma semana ai. E a Valentina vai e acha as ligações (ligações perdidas,porque eu não iria atende-la) no meu celular.Aquilo foi motivo pra uma discussão.

- Porque essa mulher fica te ligando? 

- Eu não sei,eu não atendi as ligações dela.

- Para de mentir,Victor. Ela fica se jogando pra cima de você e você nem percebe.

- Eu não quero nada com ela. Entende isso,pelo amor de Deus. 

- Mas ela quer. Eu não quero essa mulher com esse fogo com você.

- Valentina,Xuxa e eu somos amigos.

Nisso meu celular toca.A Valentina puxou ele do meu bolso,olhou e o jogou na minha mão.

- Atenda ai a sua "amiga". - E saiu.

Vi que era e Xuxa e desliguei o celular. Não sabia pra onde ela tinha ido,mas sabia que ela estava bem chateada comigo. Vontade de matar aquela loira velha naquele momento.Fui pro hotel,mas não dormi naquela noite.

Logo de manhã,o Leo já chegou no meu quarto e me entregando o celular dele. Era uma mensagem.

"Leo,mostre isso aqui ao seu irmão,já que ele não atende as minhas ligações. Victor,controle a sua namoradinha. Ela achou meu número e fica dizendo que vai me bater e arrancar meus cabelos.Se ela fizer isso,quem paga o pato é você."

- Xuxa... - Eu disse e depois respirei fundo.

- Cara,procura a Valentina e prova pra ela que você não quer nada com a Xuxa.

Peguei minha mochila,enfiei umas roupas dentro e fui correndo atrás da Valentina. Eu sabia onde ela ficava quando estava triste. Não me perguntem como descobri isso. Fui direto pra lá,claro.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Capítulo 31 - Programa da Xuxa

Ela percebeu que eu estava ali do lado dela,se assustou e depois riu. Não dormimos,porque ficamos a noite inteira olhando pro teto e contando histórias de terror. Não,não fizemos isso. Fizemos uma coisa melhor. Não vou entrar em detalhes.

Acordei pela  manhã e já dei um beijo na Valentina. Eu precisava fazer uma coisa e fiz naquele momento.

- Linda,tenho que te falar uma coisa.

- Fala.

Corri pro quarto do irmão dela e peguei uma caixinha que estava dentro da minha mochila. Voltei pro quarto dela e comecei a falar.

- Valente,hoje eu resolvi tomar uma atitude quanto a nossa relação. - Peguei a caixinha e abri. - Namora comigo?

Ela pegou as alianças que estavam dentro da caixinha e ficou olhando.

- E porque eu namoraria com você? - Ela disse em tom de brincadeira.

- Porque eu sou lindo,porque eu sou fofo e porque eu te amo. - Respondi.

- Quem não quer um namorado desse então? - Ela riu.

- Então você aceita? - Perguntei,querendo confirmar a resposta dela.

- Aceito.

Coloquei uma aliança no dedo dela e a outra foi ela que colocou no meu dedo.Nos beijamos e depois saimos do quarto.

Tomei um café com os pais dela e depois tive que viajar pra fazer um show. Me despedi da Valentina e dos pais dela e fui.

Tá,uns dias depois,Leo e eu fomos convidados pra participar do programa da Xuxa.Chamei a Valentina pra ir comigo.Ela ficou com ciumes,mas acabou indo.Fui buscá-la em casa e depois pegamos um voo pro RJ.Chegando lá,nos encontramos com o Leo. Entrei no projac de mãos dadas com a Valentina e todo mundo olhava pra gente,mas eu nem liguei.Quando entramos no estúdio,as gravações começaram. A Valentina ficou atrás das câmeras acompanhando tudo.

Como de costume,cantamos nossos sucessos e depois começamos a conversar com ela.

- Olha,mas o moço tá compromissado. - Ela disse,ao perceber a aliança na minha mão.

- Pois é. Alguém roubou meu coração. - Respondi,rindo.

- E quem é a felizarda? - Ela perguntou.

Olhei pra Valentina,como se quisesse perguntar pelo olhar se eu falava ou não sobre ela. Ela correspondeu o olhar,querendo dizer "Você que sabe".

- Logo logo,vocês irão conhece-la. Mas não agora.

Xuxa chamou o intervalo comercial e Leo e eu fomos pro camarim junto com ela. No caminho chamei a Valentina,que já estava olhando pra Xuxa de cara feia. No camarim,foi pior. Xuxa também olhou com cara feia pra Valentina e parecia que as duas iriam se matar ali mesmo. Fiquei com medo.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Capítulo 30 - Ele aceitou

- Se esconde - Cochichei pra Valentina.

Ela correu pra um quarto e se trancou lá. Abri a porta e eram dois jornalistas. Fizeram uma entrevista rápida comigo e depois saíram.Fiquei ali o dia inteiro com a Valentina e depois fomos pra fazenda do Leo.

Quando chegamos lá,o Leo contou pra gente que o pai da Valentina ligou pra lá querendo saber dela.

- Tive que contar pra ele o que aconteceu. Me desculpe,Victor. Mas eu achei certo.

- Tudo bem,Leo. Eu mesmo faria isso. - Me virei pra Valentina. - Valente,vamos pra SP. Quero conversar com seu pai.

- Vamos. - Ela respirou fundo.

Pegamos um voo rápido pra SP. Quando chegamos lá,fomos direto pra casa dela.Era tarde da noite,mas eu não conseguiria terminar aquele dia sem conversar com o pai dela.

Chegando lá,fomos recebidos pela mãe dela,que sempre foi uma querida comigo e era contra o casamento da Valentina com o Jorge.O pai dela me viu e já foi com aquela ignorância.

- O que você tá fazendo aqui cara? - Ele perguntou.

- Vim trazer sua filha de volta e ter uma conversa com o senhor. - Respondi.

- Vai Chico,conversa com ele. - Disse a Dona Luiza.

Ele respirou fundo e depois pediu pra que eu me sentasse no sofá. A Valente e a mãe dela foram pro quarto e eu fiquei sozinho na sala com o seu Francisco.Vamos Victor,encare a fera.

- Em primeiro lugar,quero pedir desculpas pelo que fiz ontem. - Eu dizia isso com as pernas tremendo. - Sei lá o que deu em mim. 

- Você é um louco,rapaz. - Ele respondeu.

- Sim,sou um louco. Mas um louco apaixonado,apaixonado pela sua filha. Eu a amo muito.Sua filha mudou a minha vida. Não sou mais o mesmo depois que eu a conheci.Quero passar o resto da minha vida com ela,ao lado dela.

- E quais são as suas intenções com ela? 

- As melhores possíveis. Quero ter algo sério com ela,se o senhor permitir,claro.

- Rapaz,eu confesso que nunca fui com a sua cara.Desde quando minha filha falava de você nos tempos de fã. - Ele me deu um tapa no ombro. - Mas faça minha filha feliz hein,sou louco?

- Isso quer dizer que...? - Eu perguntei sorrindo.

- É,você pode namorar a minha filha.

- Valeu sogrão. - Respondi enquanto abraçava ele.

Nisso,a Valentina entra na sala e pula no meu colo.Dei um beijão nela.Acabei ficando aquela noite na casa dela. Mas claro : dormimos em quartos separados. Eu tive que dormir com o chatinho e mimado do Vinicius.Mas dei uma escapadinha durante a madrugada e fui pro quarto da Valentina.Ousado eu? Sempre.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Capítulo 29 - Conversas e Esclarecimentos

Ela resmungou e se sentou do meu lado.

- Você ia mesmo se casar com aquele cara? - Perguntei.

- Ia. - Ela respondeu e baixou a cabeça.

- E iria me deixar aqui,quase morrendo de amor por você? - Olhei pra ela.

- Eu não fiz isso por minha vontade. - Ela me olhou. - Eu jamais faria isso.

- E porque ia fazendo? - Perguntei.

- Meu pai disse que eu não poderia ficar com você. Diz ele que você só queria se aproveitar de mim,pelo fato de ser mais velho,famoso e etc. Do nada,o Jorge apareceu lá em casa atrás de mim. Meu pai se interessou por ele,disse que ele era um rapaz bom e tal. E me obrigou a casar com ele.

- E porque ele te obrigou?

- Por causa da minha gravidez. Ele disse que iria mandar ele pra adoção após o nascimento dele,pelo fato desse filho ser seu.

- E o que aconteceu com ele? Com nosso filho? 

- Eu perdi ele. - Ela começou a chorar. - Passei esse nervoso todo nos três primeiros meses. Meu pai não deixou eu te falar isso.

Ela me abraçou.Não lhe exigi mais nenhuma explicação. Nos beijamos e acabamos dormindo juntos naquela noite.

Pela manhã,acordei primeiro que ela.Aproveitei pra ligar pro Leo.

- Cara,teu nome tá em tudo quanto é revista,jornal,site. - Ele disse.

- To sabendo,eu acho. Escuta,tem como você arrumar um AP ai em Uberlândia pra mim? 

- Tem sim.

- Ok,Valeu Leo. Mais tarde te ligo.

Desliguei.Acordei a Valentina,tomamos um rápido café e depois partimos pra Uberlândia.

Quando chegamos lá,tive que me disfarçar e disfarçar a Valentina pra não sermos reconhecidos. Liguei pro Leo e uns minutos depois ele nos levou ao AP que tinha comprado pra mim.Era um espaço confortável. Gostei de lá e a Valentina também. Com o tempo, equiparíamos ele e tal. Leo tinha comprado umas coisas pra cozinha e eu fui fazer um almoço rápido pra mim e ela.

Enquanto fazia as coisas,a campainha tocou. Valentina e eu nos olhamos.

- Quem é? - Perguntei,enquanto me dirigia a porta.

- Imprensa Local.

domingo, 11 de novembro de 2012

Capítulo 28 - Impedindo

Cheguei em SP e fui direto pra um hotel planejar tudo.Eu estava com medo de algo dar errado,mas ao mesmo tempo,estava confiante.Descansei um pouco e depois fui até a igreja onde iria acontecer o casamento da Valentina. Quer dizer,o casamento não ia acontecer.Eu não ia deixar.

Enfim,analisei o lugar e planejei tudo.Como o "casamento" seria dentro de dois dias,arrumei um tempo pra arranjar um terno simples pra eu me misturar no meio dos convidados na igreja.Fui numa loja,experimentei e comprei.

Tá,os dois dias se passaram. Logo no sábado de manhã,terminei de arrumar uns detalhes,acertei minha conta no hotel e fui direto pra frente da igreja esperar a hora do casamento.Seria no começo da tarde.eram umas 11 horas quando estacionei meu carro em frente a igreja e fiquei esperando.De longe,via os convidados entrando na igreja. Vi a hora que o Jorge entrou e tudo. Meus olhos se encheram de lágrimas quando vi a Valentina subindo a escadaria da igreja,com um vestido lindo. Mas ela não parecia tão animada.E eu sabia o motivo.

Enfim,quando percebi que já estava na metade da cerimônia,entrei na igreja. Me posicionei num lugar onde a Valentina pudesse me ver. E ela me viu e ficou sem reação.Fiquei olhando pra ela.

- Valentina Freitas,você aceita se casar com Jorge Luiz e viver com ele até que a morte os separe? - Perguntou o padre.

Nisso ela me olhou novamente.E eu,depois de uma leve olhada pros lados,corri,peguei pelas pernas da Valentina e a joguei no meu ombro e corri em direção a saída da igreja. Coloquei a Valentina no carro e sai em disparada pelas ruas,sem um rumo certo.

- Consegui. - Gritei,enquanto acelerava o carro com toda a força. - Precisamos conversar,moça. - Olhei pra ela,que estava suando no banco do passageiro.

Percebi que estava numa rodovia,só não sabia qual. Parei na primeira pousada que apareceu na frente dos meus olhos.Ajudei a Valentina a descer por causa do vestido. Fiz um cadastro de um quarto pra gente e subimos.

- Porque você fez isso? - Ela perguntou enquanto tirava os sapatos dos pés.

- Toma um banho primeiro e coloca essa minha camisa. - Joguei pra ela. - Esse seu vestido tá me trazendo lembranças ruins.

Ela tomou um banho rápido e depois apareceu no quarto com a minha camisa,que tinha ficado mais uma camisola nela.

- To linda com essa camisa. - Ela riu.

- Você é linda. - Respondi.

Ela tentou me beijar,mas eu desviei o rosto.

- Vamos conversar primeiro. - Olhei fundo nos olhos dela.

sábado, 10 de novembro de 2012

Capítulo 27 - Não acredito

- Quem está falando? - Perguntei.

- É o Jorge,rapaz. Num tá me reconhecendo?

Quase que tenho um treco ali. O que aquele cara tava fazendo na casa da Valentina?

- Opa Jorge,desculpa. Tudo bom? - Perguntei,bem falso.

- Tudo. - Ele respondeu.

- Então... é... a Valentina tá ai?

- Ela tá dormindo.

Tinha alguma coisa de errado nisso. A Valentina não dormiria as 23 horas da noite.Ela sempre dormia mais tarde.

- Dormindo é? Você sabe como ela tá? - Perguntei.

- Ela está bem. Tchau Victor. - Desligou.

Que cara mau educado. Enfim,aquela ligação foi estranha.Pra esquecer de tudo,fui pro hotel descansar.

No dia seguinte,resolvi tomar uma decisão : Já que a Valentina não me dava noticias sobre o meu filho,eu iria atrás delas. Ai fui falar com o Leo.

- Victor,você não pode fazer isso. - Ele disse.

- E porque não?

- Como eu vou te falar isso? - Ele pensou. - Vou ali no quarto pegar uma coisa e já volto.Espera ai.

Ele foi e quando voltou,veio trazendo um envelope.Abri o envelope e na mesma hora meus olhos se encheram de lágrimas.

- Diz que isso é mentira,Leo.

- Infelizmente não,meu irmão. A Valentina vai casar com o Jorge.

Comecei a ler os detalhes do convite.No verso,tinha algumas palavras escritas a próprio punho.

" Victor,vou me casar com alguém que não amo.Uma hora te explico tudo isso. Vou me casar,mas o meu eterno amor será você. Você será o eterno dono do meu coração. O grande amor da minha vida é você."

Foi ai que eu chorei mesmo. Nunca tinha chorado por mulher nenhuma,mas aquela foi a primeira vez. O Leo me abraçou.

- Vai fazer alguma coisa sobre isso? 

- Não sei,cara. Eu to sem chão.

- Você pode... impedir esse casamento! - Ele sugeriu.

- Eu não posso fazer isso.

- Você ama a Valentina,cara. Luta por ela. Não deixe ela cometer essa burrada.

- Vou fazer isso mesmo.

- Bom,você tem exatamente... - Ele olhou no relógio - 48 horas pra impedir que esse casamento aconteça.

- Para de graça.Fale dois dias logo.

- Você entendeu. Corra pra SP e planeje tudo.

Corri pro meu quarto,peguei minha mochila e coloquei umas roupas dentro. Fui pro aeroporto e peguei o primeiro avião pra SP,rumo a minha luta pra conquistar a Valentina novamente.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Capítulo 26 - Esclarecendo

Fomos pra um dos quartos da fazenda e começamos a conversar.

- Bom,o que você tem pra me falar? - Perguntei.

- Victor,eu já desconfiava disso a algum tempo,fiz alguns testes. - Ela tirou um papel do bolso e me entregou. - Eu precisava te contar isso de algum jeito.

Eu abri o papel,li e depois olhei pra ela.

- Teste de gravidez? - Perguntei confirmando.

- Sim. - Ela baixou a cabeça. - Deu positivo.

Respirei fundo.E depois a abracei.

- To surpreso. Mas to feliz. Vou ser pai de novo. - Beijei sua testa.

- Pelo menos você tá me apoiando.

- Porque? - Perguntei.

- Meu pai ficou uma fera comigo quando viu o exame. Não sei como não me expulsou de casa.

- Conversa com ele.Vai ficar tudo bem.

Acabamos nos beijando.Olhei nos olhos dela e disse o quanto eu a amava,mesmo com tudo isso. Ela apenas me abraçou e me deu um beijo no rosto.Depois voltamos pra sala,mas ela já teria que ir embora.

- Quando vou te ver novamente? - Perguntei.

- Depois que essa criança nascer. Meu pai me permitiu que eu viesse pra te ajudar com a guarda do Felipe e pra te falar sobre isso. Prometo que te ligo.

- Ok,Vou esperar. - Respondi.

Roubei um beijo dela e ela se foi,novamente.Isso me deixou com o coração pequeno,triste a arrasado.

Durante aqueles meses,a Valentina não me ligou. Queria saber sobre ela e a criança.Eu ligava pra ela,mas ela não me atendia. Ligava pra casa dela e o pai dela desligava o telefone na minha cara.Nisso,quase nove meses tinham se passado.Eu estava preocupado e tinha que fazer alguma coisa pra saber de noticias.Afinal de contas,era o meu filho. Um dia,depois de um show,tomei coragem e tentei novamente ligar pra Valentina.Felizmente,dessa vez a ligação tinha dado certo.Mas me surpreendi com um detalhe.

- Fala ai,Victor? Quanto tempo,rapaz. - Disse uma voz estranha.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Capitulo 25 - A Decisão

Era a Valentina.Fui falar com ela.

- Oi.Leo me chamou pra testemunhar em seu favor e eu vim.

- Seu pai te liberou?

- Digamos que sim.

Nisso,um cara do fórum pede pra eu entrar e pediu pra que o Leo e a Valentina ficassem do lado de fora. A audiência começou. O juiz disse que tudo seria decidido naquela audiência mesmo.Eu dei minha versão sobre o caso e a Milena deu a versão dela.Em todo momento,ela olhava pra mim como se quisesse dizer pra eu desistir de tudo aquilo.

Ai,o promotor chama uma terceira testemunha.Eu não tinha conhecimento disso.ai,quando a porta é aberta,um guarda traz o Felipe.Ele me viu e correu pra me abraçar.Depois,ele sentou na cadeira das testemunhas.

- Felipe,fique calmo tá? Vou fazer algumas perguntas pra você e você responde com o que você souber.

- Tá. - Ele respondeu.

- Ok. Há quanto tempo você conhece o Victor? - O promotor perguntou.

- O tio Victor cuida de mim desde quando eu tinha 6 anos. Ele é o melhor tio do mundo. - Ele respondeu olhando pra mim.

- E o tio Victor cuidava bem de você?

- Sim. O tio era muito legal.

- E a sua mãe? Cuidava de você?

- Não. - Ele baixou a cabeça. - Ela brigava comigo e me batia muito.

- Ultima pergunta,Felipe : Se você pudesse escolher ficar com a sua mãe ou com o Victor,que você escolheria?

Ele deu uma olhada triste pra Milena e depois sorriu pra mim.

- Eu quero ficar com o tio Victor.

- Ok,pode ir Felipe.Foi bom conversar com você.

Ele saiu e quando passou por mim,me abraçou de novo.Depois,mandaram chamar o Leo e a Valentina para testemunharem.Depois,foram as duas testemunhas da parte da Milena.Ai,o juiz deu a sentença.

- Mediante as testemunhas de defesa,declaro que Vitor Chaves Zapalá Pimentel passa a ter a guarda do garoto Felipe Ricardo Ferreira,por ter condições físicas e financeiras para cuidar do garoto. Milena Ferreira,mãe de Felipe,só terá o direito de ver o garoto sob autorização de Vitor ou de um responsável legal e sob vigilância dos mesmos.Caso a mãe infrinja tais regras,terá que pagar uma fiança ou pegar dois meses e quatro dias de reclusão.Caso encerrado.

Aliviei. Cumprimentei o advogado e o agradeci por ter estado comigo. Depois sai da sala de audiência e fui pegar o Felipe.Fomos todos pra fazenda comemorar a causa ganha.A Valentina estava junto.Enquanto eu apresentava o Felipe pra alguns familiares nossos,Valentina me chamou de canto.

- Victor,preciso te contar uma coisa.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Capítulo 24 - Tá sendo difícil

Respirei fundo,peguei meu celular e disquei o número da Valentina.

- Alô. - Disse ela quando atendeu.

- Oi pequena.Tá podendo falar?

- Bem rapidinho. Meu pai tá dormindo. Vamos aproveitar.

- A gente precisa conversar. -  Respirei fundo.

- É,precisamos mesmo. Posso falar primeiro? - Ela perguntou.

- Claro. - Consenti.

- Victor,acho que a gente precisa acabar com tudo isso logo. Eu estou sofrendo e sei que você também está.

- Eu ia te falar isso.Eu to sofrendo demais,acredite.

- Preciso desligar.Até mais,Victor. - E desligou.

Não chorei naquele momento nem sei porque. Mas já estava tudo resolvido.mesmo com meu coração quase em pedaços,decidi seguir minha vida.

Mas enfim.Dia desses ai,eu tava na fazenda,tocando violão e pensando na vida e perdido nesses meus pensamentos.Ai,o Leo chega e me grita.

- Victor,ela voltou.

- Quem? - Perguntei.

- A Milena. E ela disse que veio buscar o Felipe.

Corri pra dentro de casa e chegando la´dei de cara com a Milena arrastando o Felipe pelo braço.

- Solta ele,Milena.

- Me solta. Eu quero ficar com o tio Victor. - Disse o Felipe,chorando.

- Fica quieto,garoto. E eu vou levar meu filho comigo sim,Victor.

- Senta ai,vamos conversar,entrar num acordo.

- Não quero acordos com você.

- Ok,então vou abrir um processo pra conseguir a guarda do Felipe. Você não tem condições de criar esse garoto.

- Faça como quiser. Ficarei essa semana em Uberlândia.

E saiu correndo,puxando o garoto.Fiquei mais arrasado ainda.Não queria perder o meu garoto.O garoto que eu já considerava como filho,mesmo não sabendo se era ou não.Eu tinha me apegado a ele.

Naquela semana abri o processo pra conseguir a guarda dele.Contratei um advogado e expliquei a situação pra ele.A primeira audiência seria dentro de um mês.O advogado pediu duas testemunhas.Uma seria o Leo e a outra ainda seria escolhida.

Quando o dia da audiência chegou,eu estava nervoso. Quando cheguei ao fórum,meu olhar se perdeu em alguém,cuja pessoa fez meu coração acelerar.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Capítulo 23 - A proibição

Eu,que já estava com os botões da camisa abertos,olhei pro garoto assustado. A Valentina foi conversar com ele.

- Vini,a gente só tava conversando. - Ela disse

- Eu vou contar pro pai.

- Não faz isso.

- EU VOU CONTAR PRO PAI. - O garoto saiu correndo e gritando.

- Pronto,ferrou tudo. - Ela se jogou na cama.

- Ele vai contar mesmo? - Perguntei enquanto fazia carinho em seus cabelos.

- Ele sempre conta,Victor. To ferrada.

Ficamos em silêncio no quarto e depois fomos pra sala. Os pais dela chegaram e a gente foi jantar. Ai começou tudo.

- Pai,a Tina tava no quarto beijando o Victor. - Disse o Vinicius.

Todos os olhares se voltaram para mim e a Valentina.Eu estava com a cara no chão.

- É verdade isso,Valentina? - O Seu Francisco perguntou.

Ela não respondeu.Me levantei da mesa e fui pro quarto de hóspedes. De longe,pude escutar o seu Francisco dizendo "Eu não quero você com aquele cara". Eu tinha que ir embora. Peguei minha mochila e quando tava saindo do quarto a Valentina me impediu.

- Não vai embora.

- Seu pai vai comer minha alma,amor.Vou pra um hotel e depois eu te ligo.

Dei um beijo em sua testa e depois sai. Não tive coragem de me despedir dos pais dela.Peguei um táxi e fui pra um hotel.Chegando lá,liguei pra Valentina e expliquei aonde eu estava.Em alguns minutos,ela chegou no meu quarto.

- E seu pai? - Perguntei depois de cumprimentá-la com um beijo.

- Ah,ele tá bem nervoso comigo. Me proibiu de te ver e não quer que eu trabalhe mais na equipe de vocês. - Ela baixou a cabeça.

- Me desculpe por te fazer passar por esse tipo de coisa.

Ela me abraçou e depois a gente deitou na cama e ficamos em silêncio.Ai a mãe dela liga pra ela e pede pra ele ir pra casa. Ela foi e eu fui dormir,pra no dia seguinte retornar a Uberlândia.Eu estava arrasado com toda essa história e estava mal pela Valentina. Não sabia o que esperar do futuro de nosso relacionamento que tinha acabado de começar.

O pai dela a proibiu mesmo de me ver e a tirou de nossa equipe. Eu tinha ficado mal e o Leo tinha percebido isso.O tempo passava e ficava cada vez mais dificil eu ver a Valentina. Quase não falava com ela por telefone e muito menos pela internet. Com tudo isso,eu tive que tomar uma drástica decisão.

domingo, 4 de novembro de 2012

Capítulo 22 - Conhecendo

Fui atender e quase não acreditei quando reconheci a voz da pessoa.

- Milena?

- Sim,sou eu. Victor,to voltando pra buscar o meu filho.

- Ah,agora dois anos depois,você vai tirar o garoto de mim?

- Deixa eu falar com meu filho?

Chamei o Felipe e os dois ficaram conversando.Não fiz questão de continuar falando com ela.Ele foi dormir e eu fui conversar com a Valentina na sala.

- Era a Milena no telefone?

- Sim. Ela disse que vai voltar pra buscar o Felipe.

- Putz e agora?

- Não sei,mas não quero falar disso.

- Pois é. Vamos mudar de assunto. Sabe o que eu tava pensando,Vi?

- O que?

- Eu queria que meus pais conhecessem você.

- O que? - Me espantei.

- É sério.Eu quero que eles conheçam o cara maravilhoso que eu escolhi pra amar.

- Olha parece uma boa ideia. - Coloquei ela no meu colo. - É bom que eu aproveito pra pedir a sua mão em namoro pra eles.

Combinamos tudo direitinho pra eu conhecer os pais da Valentina.Eu tava com medo. Não sabia o que esperar.Ela não trabalhou naquela semana,pra combinar direito com os pais dela a minha ida até lá.

E o dia chegou. Deixei o Felipe com o Leo e a Tatianna em Uberlândia e fui pegar um avião pra SP. Depois,peguei um táxi e fui até a cidade da Valentina.Ela tinha me dado o endereço,então não foi muito dificil chegar até lá.

Quando cheguei,a Valentina já estava me esperando.Nos cumprimentamos com um abraço pra disfarçar.Conversei com os pais dela (O seu Francisco e a Dona Luiza).Eles eram super simpáticos e acolhedores.Gostei de conhece-los.

Almoçamos e depois ficamos conversando a tarde inteira.Ai,os pais dela resolveram sair.E o que aconteceu? Eu e a Valentina estávamos sozinhos. Aproveitamos pra colocar nossas relações em dia.
Ai fomos pro quarto dela. E quando tudo estava quase acontecendo,fomos surpreendidos pelo irmão da Valentina,o Vinicius,que tinha quase a mesma idade do Felipe.

- O que vocês estão fazendo?

Capítulo 21 - Feliz

- Porque você tá me olhando assim,Victor? - Ela perguntou rindo.

- Você já deve saber. - Respondi mordendo o pescoço dela.

- Ai meu Deus. HAHA.

E dali começou.Não vi o tempo passar.Foi tudo tão bom,tão calmo.Mas tava bom demais pra ser verdade.

- Oh casal,diminui o ritmo ai. Meus filhos querem dormir. HAHA - Disse o Leo batendo na porta.

Claro que quebrou o clima né? Mas não demorou pra ele voltar.Depois,dormimos abraçados.Acordei pela manhã,com a Valentina olhando pra mim e rindo.

- Bom dia.

- Bom dia. - Respondi virando ela na cama e lhe dando um beijo.

- Essa foi a melhor noite da minha vida sabia? - Ela disse enquanto mexia no meu cabelo.

- A minha também.

Me levantei da cama e coloquei a roupa e a Valentina fez o mesmo.A porta,claro,já estava destrancada.Segurei firme na mão da Valentina e saimos. Quando chegamos na sala,tinha uma platéia esperando a gente.

- A noite foi boa,casal? - Disse o Leo.

- Pelo visto sim hein,Leo? - Disse a Tatianna. - Valente,me conta tudo depois tá?

- A noite foi perfeita. A melhor da minha vida. Né Valentina? - Eu respondi.

- Ah claro,vou ali enfiar minha cara num buraco e já volto. - Ela disse se escondendo atrás de mim.

- Vocês deixaram a minha menina com vergonha. - Respondi rindo.

Fomos pra cozinha tomar um café. Fiquei ali mimando a Valentina e o Felipe chegou me abraçando.

- Oi Felipe.Quer um chocolate? - Ofereceu a Valentina.

Ele aceitou o chocolate.Depois eu fui descansar um pouco e quando acordei e fui pra sala,a Valentina estava sentada no sofá assistindo um filme com o Felipe.Me sentei perto deles.

- Olha,ele pegou no sono. - Disse,olhando pro Felipe.

- E eu to quase HAHA.

Ela se deitou no meu peito e acabou pegando no sono.Naquele momento,me senti numa família. Minha mulher e meu filho (mesmo que ele não fosse.) As pessoas mais importantes da minha vida estavam ali. Eu estava feliz.No que o filme acabou,o Leo entra na sala.

- Vitão,telefone pra você.



sábado, 3 de novembro de 2012

Capítulo 20 - Finalmente

Corri pra porta e comecei a bater.

- Abre essa porta,Leo. Pára de graça,grandão.Abre ai.

Nada se ouvia.Ai,vemos um papel passando por debaixo da porta.Era um bilhete do Leo.Li em voz alta.

"Eai casal. Enganei vocês né? Então,tranquei vocês ai,pra vocês se entenderem.Quando eu ver que vocês se entenderam,a porta será destrancada.Cuidado com o que vocês vão fazer ai,tem criança por perto HAHA. Boa sorte. Leo".

- Filho de uma mãe.Ele nem deixou meu violão aqui.

- HAHA.Ai Victor. - Ela disse.

- Bom,já que aquele Leo fez essa brincadeira com a gente,vamos aproveitar a situação né? - Fiz uma cara de safado pra assustar ela.

- Epa,epa,calma ai Victor. - Ela riu.

- Te assustei né? Mas é sério,faz um bom tempo que a gente tá precisando conversar.

- É.

Nos sentamos um do lado do outro na cama e nos olhamos.

- Primeiro,quero te pedir desculpas por ter escondido de você a história do Felipe.Sei que primeiro de tudo,você deveria saber desse detalhe.

- Te entendo,Victor.Agora que tá começando a ficar tudo claro na minha cabeça.

- Sério? - Perguntei.

- Sim.Eu percebi o quanto eu fui infantil ao não ter te ouvido e fugido de você. Mas eu realmente não estava com cabeça pra isso.Me desculpe.

- Acho que a gente tem um pouco de culpa nisso tudo sim.

- E quando a Milena voltar,como vai ser?

- Como assim?

- Ué,vocês vão ter que cuidar desse garoto né? E você vai ter que ficar com ela.

- Não,eu não vou ficar com ela.Eu não quero ficar com ela.

- Não? Porque?

- Meu coração não tem espaço pra ela.Só pra uma pessoa.

- Quem?

- Você. - Respondi,cochichando no ouvido dela.

Ela riu. Peguei nas mãos dela e olhei bem no fundo de seus olhos.

- Eu nunca deixei de te amar,garota.Ficar longe de você foi um castigo pra mim.Não queria te magoar e muito menos te deixar triste comigo.Se eu fiz o que fiz,foi pra te livrar de tudo isso. Entende que eu quero ficar só com você.Eu te amo.

Ela me abraçou.

- Me desculpe por tudo, Victor. Eu te amo. De verdade.

Estava anoitecendo.olhei no meu relógio e marcavam exatas 20:00 hrs.Eu estava cansado,com sono. Mas isso não me impediu de ficar um pouco mais ousado.Eu querendo algo mais? Sempre.

Capítulo 19 - Você hein,Leo?

- Claro.Vamos conversar. - Respondi do meu jeito irônico.

- Porque você tá me evitando desde que eu voltei pra equipe?

- Não estou te evitando.

- Não mente,Victor.

- Ok. Não estou te evitando,só estou procurando me afastar de você.Eu fiquei por dois anos tentando te explicar o que tinha acontecido só que você não me deu chance nenhuma. Uma hora a gente cansa sabia?

Ela baixou a cabeça.

- Sabe,não é que eu deixei de gostar de você,pois você ainda domina meus pensamentos e é a dona do meu coração,mas doía pra mim,tentar falar com você e você me ignorar.

- Tá,já entendi. - Ela saiu de perto de mim.

- Tá vendo? Você não pode fugir das coisas,você tem que encará-las de frente. - Eu gritei e ela deve ter ouvido.

Fui pro hotel com o Felipe.Sim,ele ainda estava comigo.Nesse tempo a Milena não deu sinal de vida,não ligou e nem tentou saber sobre o filho dela.Mas não me importei mais.Já considerava aquele garoto como filho e ele me tratava como um pai.

Decidi curtir minha vida e desapegar de certas coisas.Valentina e eu não conversávamos mais.Claro que isso me deixava mal,mas eu mesmo sabia que era melhor assim.Pelo que via,ela também estava curtindo a vida dela com aquele Jorge. Não gostava dele,mas não podia fazer nada para separar os dois.

Enfim,num dia que pegamos folga,fomos todos pra fazenda do Leo.Fizemos um almoço legal e depois fui andar a cavalo pra distrair a cabeça.De repente,escuto meu celular sinalizando uma nova mensagem.Era do Leo.

" Vitão,me encontre no quarto de hóspedes.Quero te mostrar uma coisa. Quando entrar lá,feche a porta."

Fiquei sem entender a tal mensagem,mas fui.Chegando no quarto,entrei e fechei a porta.Mas lá dentro,nem sinal do Leo.Sentei na cama e fiquei esperando.Ai,eu vejo a porta se abrindo e quando eu vejo é a Valentina.

- Victor?

- O que você tá fazendo aqui? - Perguntei.

- Leo mandou uma mensagem pro meu celular dizendo pra que eu viesse aqui pra ele me mostrar uma coisa.

- Ele me mandou a mesma coisa.

Rimos.De repente,escutamos o barulho da porta do quarto sendo trancada.Eu e ela nos olhamos;

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Capítulo 18 - Pondo um fim

- Oi Valentina.Bom te ver por aqui. - Respondi tentando não parecer nervoso.

- Olha tio,é a sua namorada né? - O Felipe respondeu.

- Sou uma amiga do seu tio agora. - Disse ela,olhando pro Felipe.

- Tudo bem? - Perguntei.

- To levando né? Tava com saudade do pessoal e vim no show.

- Entendi.

Ficamos nos olhando,sorrindo um pro outro e etc.Ela sabia que eu sentia falta dela,mas não disse nada sobre isso.Estava ficando tarde e a Valentina acabou dormindo no mesmo hotel que a gente.Claro que naquela noite eu não dormi nem um pouco. E nem o Felipe.O garoto assistiu TV a noite inteira e só foi dormir lá pras cinco da manhã.

A Valentina foi embora naquele mesmo dia e eu fui viajar com o Leo.Essa foi a minha rotina nos dois anos que se passaram. Eu via a Valentina em alguns shows em SP,nos víamos conversávamos rapidamente e depois ela ia embora.Eu sempre tentava me aproximar dela,pra conversar sobre tudo o que tinha acontecido,mas ela não me dava uma oportunidade e sempre me evitava.

Um dia,decidi por um fim a tudo isso. Não que eu não amasse mais a Valentina,porque isso nunca iria acontecer,mas eu cansei de ficar correndo atrás dela.Eu sabia que ela ainda sentia algo por mim e eu deixaria que algo dentro dela a tocasse pra que ela viesse falar comigo.Não iria tentar mais.

Um dia,fazendo uns arranjos pra um novo CD nosso,o Leo veio conversar comigo.

- A Valentina vai voltar pra equipe.

- Opa,que bom né?

- Como assim que bom? O que aconteceu,Victor?

- Sobre o que?

- Você deixou de gostar da Valentina?

- Não.Só não vou ficar mais correndo atrás dela.Eu amo muito aquela garota,mas...

- Entendi. E você faz certo.

Uns dias depois,a Valentina voltaria a equipe novamente.E quando voltou,falei com ela e tudo.Mas procurei não ficar muito perto dela.Nos dias que se seguiram,ela percebeu isso e veio falar comigo.

- Victor,precisamos conversar.