sábado, 24 de novembro de 2012

Capítulo 37 - Francisco

- Pode falar Victor. - Ela disse.

"Porra,como eu vou falar isso pra ela?". Pensei.

- Valentina,como não gosto de dar muitas delongas,vou direto ao que interessa. - Respirei fundo. - Casa comigo? - Fiz aquela cara de cachorro sem dono.

- Ai Victor. - Ela gritou.

- O que foi? - Me assustei.

- Vai nascer...Nosso filho... A bolsa estourou.... ME LEVA PRO HOSPITAL. - Ela gritou novamente.

A Peguei no colo,a coloquei no carro e a levei pro hospital.Eu estava num desespero total,mas não demonstrei isso pra Valentina,pra ela não se exaltar.

Chegando lá,já colocaram ela numa maca e a levaram pra uma sala de cirurgia. Mas me barraram logo na porta.

- O senhor não pode entrar. - Uma segurança folgado me disse.

- COMO ASSIM NÃO POSSO ENTRAR? SAI DA FRENTE,EU SOU O PAI DESSA CRIANÇA. - Gritei.

- São regras do hospital,senhor.

Sentei na primeira cadeira que eu vi na minha frente.Liguei pra todo mundo : Leo,os pais da Valentina,meus pais e etc. Uns 10 minutos depois,estavam todos no hospital,a espera do nascimento.Eu suava muito e o pessoal via isso e ria de mim. Não tinha graça,eu tava nervoso de verdade.

Três horas se passaram e nada daquela criança nascer. De repente,escuto um choro de criança vindo daquela sala de cirurgia.Uma enfermeira sai de lá e grita que a criança nasceu.

- SAI DA FRENTE,EU SOU O PAI. - Corri pra entrar na sala.

Chegando lá,vejo a Valentina segurando a criança no colo.

- É um menino,Victor. - Ela cochichou pra mim.

- UM MENINO? - Gritei. - Mas bicho,é a minha cara esse moleque.

- Pelo menos,nasceu com saúde. - Gritou o Leo,lá na porta do quarto.

- Qual vai ser o nome dele? - O obstetra nos perguntou.

Valentina e eu nos olhamos,parece que foi telepatia,sei lá.

- Francisco - Gritamos juntos.

Peguei ele no colo por um momento,beijei sua testa e entreguei ele pra Valentina.Depois,levaram os dois pra um quarto separado e eles foram descansar.

Umas horas depois,estávamos todos no quarto com a Valentina e o Francisco,quando o pai da Valentina entra no quarto,com aquela mesma cara de turrão de sempre. Não sei como aquele homem deixou eu namorar com a filha dele.

- Não quero meu nome no filho desse cara ai.

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