segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Capítulo 38 - Discutindo Feio

Foi aquela discussão maravilhosa. Bati boca com meu sogrinho lindo dentro do quarto.Nisso, o Francisco começa a chorar e a Valentina começa a gritar de dor,por causa do corte do parto.Os enfermeiros entraram no quarto e levaram a Valentina pra emergência. Separaram o seu Francisco e eu pra não dar confusão de novo.

Enfim,graças a Deus,não foi nada demais com a Valentina. Uns dias depois,ela já estava na nossa casa-apartamento,com nosso filho. Falando em apartamento,no tempo em que eu tinha sofrido o acidente,o Leo tinha mobiliado ele pra mim. Tava lindão. O Felipe veio morar com a gente também.E cada vez mais,conviviamos juntos. Um dia ele me surpreendeu,quando estávamos na sala assistindo TV. Eu,Valentina e ele.

- Muda de canal ai,pai. Quero assistir meu desenho. - Ele disse.

Valentina e eu nos olhamos.

- O que você disse,Fe? - Perguntei,com um sorriso de orelha a orelha.

- Eu te chamei de pai. Ué num pode? - Ele perguntou.

- Sim,claro que pode,Fe. - Valentina respondeu por mim.

Abracei aquele garoto o mais forte que pude.

- Repete o que você disse. - Pedi,já com lágrimas nos olhos.

- Pai. Você é o meu pai. - Ele respondeu,me abraçando.

Aquele tinha sido uma das melhores noites da minha vida.Com essa minha comemoração toda,o Francisco acabou acordando,mas depois voltou a dormir.E nós fomos dormir também.

Uns dias depois,decidi renovar meu pedido de casamento pra Valentina. Já que da ultima vez, o Francisco,dando uma de Leo,resolveu vir ao mundo e "atrapalhar" esse pedido.Mas enfim,nem me importei com isso. Eu acho que era o pai mais coruja do mundo,sabe? Não desgrudava do Francisco.Eu o apertava muito e a Valentina se incomodava com isso. Enfim,iria decidir tudo ainda quanto ao pedido.

Um dia,estávamos na fazenda do Leo e começamos a discutir. Tudo porque eu estava segurando o Francisco de mal jeito.

- Não grite comigo. Tanto eu como você somos novos nesse negócio de ser pai. Até uns dias atrás,você não sabia trocar fraudas. - Gritei.

- Olha o jeito que você segura a criança,Victor. Parece que tá segurando um cachorro. Vê se aprende. - Ela gritou também.

- Então,toma - coloquei o Francisco nos braços dela. - Segure você do seu jeito,cuide você do seu jeito. CANSEI.

Sai de carro,fui ao meu apartamento,peguei umas roupas,joguei dentro de minha mochila e sai sem um rumo certo. Acabei parando numa pousada no meio do nada. Mas mesmo assim,me encontraram lá. Quase não acreditei quando abri a porta do quarto e dei de cara com uma pessoa que eu jamais pensaria que fosse atrás de mim.

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